quarta-feira, 23 de março de 2011

O Pântano Vs Águas Bravas - Parte II - O Fim da Festa



Há quase 20 anos já, entrou triunfante no parlamento um jovem político com uma garrafa erguida bem ao alto, de plástico diga-se de passagem, e sem surpresa, que a ciência não dava para tanto. Pretensa, pretensiosamente, alarmava nesse modo exuberante para o mau estado de um rio em particular (o mais mediático, convém) neste que é um país de águas, que embora poluídas até aqui ainda corriam por cá. Mas seria outra coisa e não água que desta nova nascente (nascida tumoral) haveria de jorrar.

Desse espelho de água nunca mais se lhe ouviu assim palavra, de barragens essas sim, muitas, que de tantas, já mal vai correndo o que quer que seja a não ser, betão.
Serviu bem essa bandeira rota erguida aos ventos, serviu, mas de calçadeira, trampolim, a proporcionar ao personagem qualificação directa nesse campeonato exclusivo à cadeira do Poder, subterrâneo, de fundo de mina, galeria tão escura quanto o é o próprio Mistério(ni)do Ambiente, dizem.
Mas, nunca satisfeito com as ferramentas colocadas ao dispor, eis que se avançou até à foz numa ânsia tresloucada de inundação total.

E não sendo nunca águas poluídas o problema, torna-se forma e modelo o seu "bom ambiente", aquele em que se nadou como peixe e onde tudo se mantém se convém, e se optimiza até, envenenando-se, explorando ainda mais, em pescas de arraste e represas de que só alguns sairão audazes vencedores de tantas novas oportunidades, isso enquanto outros terão já muita sorte se de lá sairem com vida. Nada mais que isso.

Hoje, é esse ciclo nefasto, fétido, ancorado e accionado por uma cegueira de personalidade de que poucos se poderão gabar, que termina.

Que as águas corram de novo limpas, livres de vez de tantos pântanos. E que sejam agora os cidadãos capazes de limpar tudo o que conspurca e entorpece águas correntes, que sempre mas sempre serão públicas.

Ao rosa choque e anóxico, que se sigam todas as cores, num arco de triunfo e nunca de mais poder cinzento mas um arco de Aliança, íris de Visão, luz branca afinal, por entre águas cristalinas.

Tantos anos depois ainda as águas vão sujas, como esta da garrafa exposta, tirada de uma ribeira da cidade que o ex-ministro tão bem conhece, pelo que escusava de ter ido tão longe ao rio Alviela apanhar água, apenas mais mediática. A mesma garrafa que há mais de um ano fiz questão de lhe endossar junto com o meu diploma de Geologia, presencialmente na sua residência, numa manifestação pessoal em que nem partidos nem comunicação social quiseram aparecer. Era só um, e falava de recorrentes ausências, de uns, e de excessos à mesa de outros, pelo que "não dava jeito..."
Hoje já outro galo canta, e o cidadão anónimo parece começar a ter outro peso. Infelizmente só lá vamos ao peso, nesta que ainda é uma democracia ao kilo. É pena, é pena acima de tudo haver excluídos, mas já é qualquer coisa essa reunião.
"Já estamos no terreno.
Uma nova água vai chegar a sua casa.
Uma nova água vai chegar aos nossos rios." Ironia de um destino, slogan comercial/propagandístico agora a servir bem também de epitáfio, de uma das empresas marca-expoente de uma era de desatres, muito pouco naturais.
Pela boca morre o peixe...
Que a Natureza tem destas coisas e ainda bem que assim é, perante a hipocrisia acomodada valha-nos ao menos ela, a lavar, a reciclar, a sedimentar.
Ela, mas também nós, espera-se.
E ainda foi ontem, só, coincidência das coincidências - o Dia dessa tal (nova) Água... Deixa jorrar!!

sexta-feira, 4 de março de 2011

As Pontes, cá entre nós

Neste país das homenagens, mais um record Guiness quase certo, a compensar inferioridades nacionais, a justa referência a verdadeiros mártires de toda uma engenharia política. Nela, há pontes várias, a assegurar o que nunca se separou. Entre outras, está uma bem grande, a do negócio fácil, seja das areias, seja da água ou do que for, chega até à margem de uma justiça pequena, balança fina de cristal - enfeitada, translúcida mas nunca verdadeira, e sempre sempre à mercê de quem lhe pega, mais e melhor lhe paga.
Mercado da justiça, tal e qual como em qualquer outra feira, onde nem a mercadoria chega a ter qualidade de contrafeita.

terça-feira, 1 de março de 2011

Fuck La Mode!


Electrónica no papel Vs Política, do vento! Ao vento?!...
Parece que a moda ainda é Governo. Segue-se sempre por esse caminho estreito do fácil e do que "está a dar", também votos, como não!

Vivam! As cabeças pensantes a girar bem acima de nós, nas eólicas do mediatismo, que D. Quixotes ainda são ficção por cá. Bronzeados cor-de-rosa, tanta é a iluminação pelos focos de campos e campos de painéis, continuam a decidir por nós o que é Bom ou Mau.

Com que então, o país não achou interesse na fantástica pesquisa nacional dos circuitos de papel, que outros já aproveitam.
Inovação só dá ainda para congressos, discursos e passeatas. Para no fim se comprarem produtos acabados, por todos os outros menos nós, evidente! Equação simples esta, a da desgraça da venda danosa da riqueza nacional. Quem ganha no final?...
E que terá isto a ver com o facto dos suiços não virem lavar pratos para cá? Nada. À parte isso, Tudo...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Perda de Prioridade, a caminho de Portugal...



Em Espanha, a Galp vende Diesel a 1.24... Como (não) se consegue depois em Portugal apresentar outro preço, e, tão diferente! É a Questão, que a viagem para lá destas velhas fronteiras, se coloca. O Porquê. É para isto que temos, se necessita de políticos? É esta a Estabilidade de que se fala, precisa?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Segurança Social? Dos Limites, Índices




ele há limites de toda a espécie e para tudo, por vezes bem concretos, outras ainda algo difusos, mas servem todos eles o propósito de nos alertar quando algo se aproxima ou ultrapassa o que se considera ser diferente ou mesmo totalmente oposto.
A morte de uma pessoa, idosa ou não, mais que esquecida, ignorada de forma reiterada, consciente, oficialmente assumida, provoca-me um sentimento de repulsa profunda diante de uma organização social e política que se comporta e vive neste, deste "modo".
Porque este drama não é mais que o exemplo vivo limite, do que se vem denunciando neste espaço Portugal Líquido. Porque é líquido, que a imoralidade e corrupção de muitas pessoas que habitam o chamado sistema público atingiu valores estranhos a qualquer escala humana. Se dúvidas houvesse ainda, este é um pico histórico de um bio-índice social (como agora se vulgarizou chamar a tudo quanto pretende dar conta da "saúde" ambiental, em ordem ao humano claro está) espelho da miséria civilizacional de um povo.
Em ambiente de periferia ou em pleno coração da capital deste império, pouco importa ao caso, foi possível registar e medir com rigor a magnitude do grau de decadência oficial. Convém saber fazê-lo, ir por aí, particularmente sempre e quando não existam já palavras, línguas ou ânimo para outras avaliações.
Está assustadoramente fora de tudo o que se imagina ser possível acontecer, mas que acontece, todavia, seria falso mostrar-me pessoalmente surpreso.
A impunidade que se lhe seguirá será apenas mais um capítulo de um guião nacional de estórias macabras, sempre sempre, mas sempre, sustentadas na lei, ancoradas à mesma letra de lei que divide, expropria e lentamente mata até. Sem consequências, sentido, evolução. Sem razão para se continuar assim, porque definitivamente há fronteiras que são criadas para nunca se cruzar... (com este horror humano fica também aberto o caminho a mais um dispendioso programa operacional, com muitos milhões e dirigismo parasitário para estrondosa propaganda e, no fim, a mesma ineficácia.
Falta humanidade, devoção, serviço, verdade, ao funcionalismo público, mas é de betão a solução, que para isso há engenheiro)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Foras de jogo, outros campeonatos



Do espectro social nacional foram e são afastados todos aqueles que não estão conformes. Não-alinhados com o Pensamento Único não vão a jogo, sequer a treinos. Se não torceram o pepino de novos também não seria depois, julgar-se-á...

Deve ser por isso que a RTP empresa pública, pratica a discriminação ao mais alto nível - espalhando aos 4 ventos a sua política de exclusão social, não permitindo candidaturas ao seu mais recente apanhado de ideias colectivas, para lá da juventude. Será por o barro ser mais dócil nessas idades? De facto têm mais água.
Inovação Social aqui? Exemplo? Função Pública? Será um detalhe sem importância, que escapa por entre tanto lixo informativo, político, de entertenimento?
Os jovens é que são importantes? Que ganda tanga! Que enormíssima injustiça! Especialmente num país em que se passa por ela sem se ter sequer a oportunidade de a ter vivido.
E, serão as Ideias datadas? Estarão a mais num país em cuecas! Ou, será a experiência uma afronta? Especialmente no seio e regaço das massas públicas!
Serão estes os mesmos campeonatos onde as moedas fortes têm cores e marca-de-água tribal? Serão essas as vias, de sentido único e com acesso directo ao Sucesso, Status, Poder?
Será isto um casino? De livre acesso, mas sempre restrito.

O Pai de todas as Engenharias




homenagem compreensível do poder autárquico àquele que foi o mecenas do Engenho, de todos eles. Sementes do Progresso? Quando 140 anos depois se festeja e toma por Sucesso mais uma colecta extraordinária de impostos (e sem questionar a sua origem, significado, impacte...), como se gastar mal e exigir mais fosse de Governo, não se admira o elogio, muito menos a linhagem. 140 anos depois entende-se, porque há Engenharia no, do Poder. E porque é de barro... Desequilíbrio social induzido sob o Alto Patrocínio Oficial produz os seus frutos, e que frutos tem havido.
Esboroam-se ainda hoje esses caminhos, sobre aterros bem ou mal construídos. Ficou a faltar algo mais a tanta superficialidade, ocupação, privilégio. O terreno cedeu, sempre, mas do remendo fez-se também grande profissão. Até quando mais. Até quantas mais, Vidas! meus senhores! Vidas! Serão truncadas por tanta linearidade, visionários iluminados, Planos de Fomento, Pólis,...
Extinto na mesma data, foi o exercício da Geologia. Coincidências?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Planeamento Estratégico Local - Zona Nascente da Cidade



há tempos, foi uma estação novinha em folha que teve de ser "partida", que o comboio não cabia... Aqui, continua a não caber tudo, agora é a electrificação que fica à porta. Como raio se ía adivinhar tal modernice? Têm razão, já ninguém acreditava.
Que chatice, mais uma empreitada... Assim eu tivesse trabalho.