quinta-feira, 7 de maio de 2009

Carta Aberta aos Cidadãos, Orgãos de soberania, Partidos e demais Conjuntos e Aglomerados

O presente comunicado está intimamente relacionado com uma petição on-line -www.petitiononline.com/196909/petition.html -, e que pretende dar a conhecer uma área científica funcional e do máximo interesse colectivo - a da Geologia -, perigosamente ausente do panorama nacional como se tentará aqui elucidar.

Procura-se afirmar e dignificar uma profissão, regulamentando o que não existe, corrigir os maus exemplos de alguns dentro e fora do meio, desfazer equívocos, mitos ou, trazer luz à pura ignorância.
Indissociável e em discurso directo com necessidades concretas e cenários bem reais, reconhecidas no quotidiano de cada um, são, quase sempre, as ferramentas geológicas convenientemente escondidas. Encontrar respostas consonantes com os desafios, consequentes e rsponsáveis, são pois, para o bem comum, uma garantia de Maturidade, Qualidade e Bem-Estar.

Porque é ainda de pessoas e de Vidas que se trata - adiadas, esquecidas, anuladas -, e de Governação, com Rigor e Sustentabilidade, fica a faltar... Ciência!

Enquanto se insiste em mais programas de qualificação; certificações apressadas; novas oportunidades ou, paradoxalmente, em contínuas e alienantes prosas de lógica miserabilista de permanente escassez de recursos ou, na "ideia", de que um call center é o destino inevitável também para um geólogo(a).
Enquanto, ainda, se morre em listas de espera; se perdem empregos sem direito a subsídio, quanto mais a chocantes indemnizações por incompetência, continua o país a criar a manter ou a transferir problemas sociais, resolvidos quase sempre à custa da mesma mole humana anónima, convidada a mais e contínuos sacrifícios e migrações. E são estas as únicas "coisas" a mexer neste país.

Agravar desequilíbrios não cria soluções, apenas mais dependência. E não tinha que ser sempre assim, houvesse Vontade.

A fórmula só fica correcta e apenas produzirá resultados diferentes se reflectir a realidade, e nada, nem ninguém, estiver à margem como até aqui. A Geologia tal como qualquer outro domínio, joga um papel fundamental e insubstituível na Sociedade, obviamente! Não sendo um custo, é antes uma mais-valia.

Não é admissível, que pelo facto de não existir uma estrutura corporativa organizada e capaz, deva quem arduamente investiu na sua vocação (bem como o próprio Estado), ser preterido em abono de classes profissionais historicamente influentes, ou em nome de interesses ainda mais subterrâneos, de cuja actuação apenas vemos as consequências, as quais sempre pagamos.
Não pode e não deve, continuar a ser critério o que mais pesa, mais alcança, mais fala. Não! Sem que sejam dadas melhores explicações.

Ética, Verdadeira Sustentabilidade, Qualidade precisam-se! Hoje, aqui e agora! E não chegam palavras vãs.

Por outro lado, devem, o país e a democracia habituarem-se à iniciativa e individualidade de quem, não se sentindo ainda parte integrante da sociedade, decide usar de forma plena a sua cidadania muito para além do voto nas urnas. E espera de igual modo a correspondente reacção, em conformidade com expectativas legítimas e em tempo.

De quanto tempo mais necessitará quem decide para, de forma coerente e integrada, colocar razoabilidade entre o que lhe é útil e o que está certo, o que se diz e o que se acaba por fazer, ou até mesmo a parar. Parar de errar antes de mais.

Pessoalmente não tenho mais tempo para sacrificar e sou eu que digo agora: Basta!!

Mas é bom lembrar de que é também a Sociedade que paga caro, uma e outra vez, sempre que se arredam saberes e competências fundamentais. Não é sequer possível conceber a existência de qualquer abordagem minimamente séria à apetecível Gestão & Ordenamento Territorial, sem se atender à base geológica. Contudo, verdadeiros desastres económicos e ambientais em sectores como a Construção & Obras Públicas; o Abastecimento de Águas & Saúde Pública; em matéria de Protecção Civil ou a Higiene & Segurança, provam a todo o momento o caos instalado, pelo que está longe de ser esta apenas mais uma questão de status ou a sê-lo, não se estará a falar desta tribo seguramente.

Tratando-se de matérias que tocam de perto cada um de nós, por vezes com danos contabilizados em muitas vidas humanas, é ainda assim do conhecimento geral apenas e só uma parte da equação, ficando escondidos factores de afectação determinantes para o cabal entendimento dos problemas.

Deve pois colocar-se o porquê deste estado recorrente de insuficiência e insucesso e, a quem convém. Porque convém, muito!
Se se trata de incompetência ou simples atraso organizacional, é urgente diagnosticar mais que remediar, e actuar depois com uma nova atitude e com ciência. Que existe!!

Porque as partidas que a Natureza pode pregar não podem nem devem ser confundidas com as que os Homens praticam.
A quem ainda acha que com a Natureza nada se pode, convém lembrar, que sem contar com ela, nada se pode de facto.

E como problema complexo que é colocam-se e analisam-se aqui as questões mais relevantes na especialidade do real e do concreto, o que acontecerá no corpo do próprio blog e em cada título.
A críticas e discordâncias antecipam-se desde logo subsídios para os diferentes problemas apresentados.

Serão ainda adicionados links, fotografias, filmes ou quaisquer formatos e dispositivos sobre o universo que se pretende ilustar e trazer à superfície.

Incentiva-se e conta-se com a disponibilidade e sensibilidade de todos quantos queiram participar e assim contribuir com eficácia para uma mudança que urge. Neste sentido destacam-se em especial os responsáveis e decisores políticos, que não deveriam poder alegar desconhecimento simplório, pelo menos não sem consequências, não mesmo enquanto essas faltas forem apenas políticas, e enquanto políticos forem apenas alguns.

Até porque desconhecer é perder, e se aos cidadãos é impedido alegar desconhecimento da lei, a quem governa não pode nunca admitir-se a ignorância de factos que, aliás, todos conheciam...

Para que nada se perca e tudo se transforme continuamente, cria-se e abre-se este Espaço verdadeiramente Público. De reflexão, mas de e com Acção, pessoal e instransmissível...

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