
Impressiona só os mais atentos, ao que parece. Em plena Crise, os cidadãos engolem mais um valente sapo (verdinho e tudo! Tanto quanto os sapos são verdes...)em forma de imposto, mas embrulhado num conveniente Certificado de Eficiência Energética de Edifícios. Basicamente trata-se do seguinte:
os cidadãos têm vindo a comprar um bem essencial que pouco mais é que um monte de tijolos, algo pacífico e que atesta o grau de exigência e capacidade de se pronunciar. E como uma coisa leva à outra, viu-se margem de progressão ao abuso, e sem surpresa, aparece mais do mesmo em versão cada vez mais gravosa - agora, iremos pagar para alguém passar a papel, não a forma de sermos indemnizados pelo engano, não a via para o Estado reaver junto dos autores (não infractores porque lei não existia!), responsável que é por omissão, mas para ficarmos a conhecer com algum rigor (não muito, que há muitas vistorias a fazer e os ensaios técnicos são caros...) que vivemos numa barraca! E pagar por esses parágrafos no mínimo uns 400 euritos!
Grande negócio! Porque é que não fui para engenheiro... Ganhava na construção e depois ainda no diagnóstico da doença... Ainda dizem que os lobbies estão à vista... Concordo! Mais seria difícil.
É que para estas vistorias os cursos de formação admitiam apenas engenheiros & arquitectos.
Nem mais! Eles lá sabem porquê! Outros técnicos teriam mais dificuldade em descobrir os pontos fracos...
Quanto aos portugueses... Nem piaram!
Difícil de entender mesmo é porque, se queriam assim tanto criar esta oportunidade de mercado, não são os responsáveis a pagar ou até, quem vai comprar?! No limite, uma repartição dos custos.
!Não temos sequer, a maioria de nós, casa para "cumprir" regras básicas medicamentosas, mas pagámos para tê-la! E continuamos a pagar! E a NÃO ter..!
Nota positiva para o Bastonário da Ordem dos Engenheiros, que tem vindo a mostrar-se bastante crítico, considerando inúteis estes expedientes bem como a necessidade da sua renovação periódica ao fim de alguns anos.
Em relação à água subterrânea, e sendo certo que não há acompanhamento técnico ao utilizador, nem nada é dado em troca ( mas que também não seria um Certificado) das taxas de recursos hídrico, - o que se justificaria com toda a propriedade e daria emprego a geólogos, contribuindo para uma efectiva Gestão Integrada de Recursos Hídricos pela aplicação de Boas Práticas Ambientais, que é coisa que não interessa-, convém perceber que algo haverá a pagar por um bem ainda mais essencial e cada vez mais escasso, e sobre o qual se faz o que quer na prática.
Por cá interessa deixar acontecer o mal - exaustão de mananciais e contaminação neste caso - que depois a solução aparece e passa por vender-se água ao preço da gasolina... As dessalinizadoras já rondam por aí...
Reacções diferentes revelam, mais que pesos e medidas diferentes, a real dimensão da ignorância de um povo, furo e manancial que quem Decide continua a saber bem explorar, sem mostras de se esgotar tão cedo!
Para os mais cépticos atentem que, em certas zonas do país os furos ultrapassam já os 200m e sem água, ou ela não apresenta já qualidade suficiente para consumo, como no Algarve e em tantos outros locais.